Você gosta e aceita a si mesmo?

Entender como construímos nossos comportamentos é libertador. Na infância aprende-se estratégias para viver ou sobreviver e impressões sobre quem somos. E muitas dessas introjeções e projeções não fazem bem na vida adulta.

Quando você pensa nos seus pais, o que vc sente? Quando você olha para sua criança interior o que você sente? Você não esta mais no passado, mas ele ainda esta dentro de você. Muitas estratégias construídas na infância não funcionam na vida adulta e podem ser problemáticas.

Famílias disfuncionais são traumáticas e dolorosas. A maioria nesse padrão teve infância sofrida. Se você achar que aquilo era normal, você vai continuar a fazer. Sobreviver não significa pensar. Que comportamentos da infância você precisa mudar?

“Me sinto muito feia, alta e magra, me olho no espelho e não gosto de mim”

Olhar para o passado significa tirar a lente cor de rosa de projeções de perfeição. Nenhuma família é perfeita. Mas a diferença da família funcional para a disfuncional esta bem nesse ponto.

As famílias saudáveis ou funcionais tem dialogo aberto, humildade, todos participam de decisões, os pais cultivam atenção de qualidade tanto para o relacionamento casal quanto para seus filhos. Reconhecer as imperfeições e ir se desenvolvendo aceitando a realidade, buscar fazer o melhor e descansar quando estiver cansado.

As famílias disfuncionais constroem discursos sem atitudes ou desvalorizam as emoções. Constroem-se ilusões de perfeições, pode ser pela falta do dialogo ,crenças familiares toxicas e falta de autoconhecimento. Quando mais se nega, maior fica o conflito. Apenas a partir do reconhecimento e acolhimento as feridas podem ser curadas.

Quando mudamos a estrutura inconsciente, nossas experiências mudam. Avaliar cada detalhe do sistema familiar permite que você saia do passado e entenda o que esta acontecendo no seu presente.

Como você se trata? como você se vê? Quais seus valores sobre você mesmo?

As crenças aprendidas na infância criam raízes profundas. Podem paralisar, manter preso ao passado, ter medo de fazer ou dar tudo errado. As pessoas estão sempre fugindo de si mesmas, num movimento contrário ao da autoaceitação, querendo ser outras pessoas. O primeiro passo para mudar é aceitar a si mesma.

Olhar sua criança interior é o caminho para descobrir seus gatilhos de comportamentos sabotadores. Quando você para de cuidar de você? ou você nunca se sentiu merecedor de ter um momento seu?

Cada história é única. Por isso os traumas que levam pessoas a sofrerem de depressão não têm as mesmas origens. Isso acontece porque cada pessoa interpreta de uma forma as situações, conforme a realidade que vive e as experiências de conforto ou sofrimento emocional.

Tenho dificuldade de achar que alguém gosta de mim. Como parar de me sentir tão inseguro(a)?

À nível de traumas, esses costumam ocorrer nas relações familiares e afetos frios, distantes, ausentes, abusivos. Casamentos insatisfatórios já geram por natureza uma falta de harmonia no lar. Os filhos, inconscientemente, recebem e introjetam essa energia negativa e afetividade deficiente dando inicio aos traumas afetivos.

Sentir-se insegura(o) e por baixo pode acontecer em alguns momentos da vida. O que você não pode deixar acontecer é que estes momentos tornem-se dominantes sobre os outros, ou seja, sentir-se tão por baixo a ponto de anular os seus sonhos e os seus desejos.

Desde a infância, mas principalmente após os 13, 14 anos em diante somos testados por nós mesmos para sermos alguém. Só que a maioria das pessoas dependem da avaliação dos outros. Esperam que os outros os validam: bonito, gostoso, inteligente, etc… Se embarcamos nessa, é uma canoa furada.

O que acontece normalmente é uma subvalorização de si mesma, por achar que os outros são mais interessantes ou se menosprezar. Por que não dar mais atenção para você, aos seus dias e seus sonhos?

O tempo passa, as crianças que sobrevivem nesses ambientes vão se desenvolvendo carregando as traumas. Como o trauma guarda muita energia reprimida, vai acontecer uma queda de potencial ao longo do desenvolvimento.

Por exemplo: comportamentos de timidez, sexualidade precoce, insegurança, transtornos alimentares, baixa auto estima, dificuldade de relacionamentos, insegurança, indecisão, depressão, falta de limites e decisões imprudentes que geram arrependimentos.

Esses “nós emocionais” tem como consequência bloquear o poder pessoal e podem resultar em escolhas inadequadas, logo, frustração e sofrimento.

Lembre-se você não é seu pensamento e por tanto se não pode controlar suas emoções negativas, pode entender melhor seus pensamentos e encontrar uma melhor forma de interpretar as coisas. Você pode adquirir essa habilidade no processo terapêutico.

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